Planeta água sustentável

A qualidade da água em Natal

Você sabe o que é água potável?

É a água que pode ser consumida sem oferecer perigo a saúde de ser humano. Para ser potável, a água precisa obedecer aos padrões estabelecidos pela organização mundial de saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

Como podemos ter certeza se a água é ou não é potável?

Apenas por meio de análises laboratoriais.

Muitas vezes a água é aparentemente potável por não apresentar nenhuma cor ou cheiro. Mesmo assim, a água pode estar contaminada.

A água distribuída para consumo humano em Natal é potável?

Não. Muitos locais da cidade estão recebendo água contaminada por NITRATO. O teor máximo de NITRATO permitido para água ser considerada potável é de 10mg/L.

O que é Nitrato?

O nitrato é um composto químico da biodegradação  de excrementos humanos (principalmente da urina) liberados pelas fossas existentes na nossa cidade.

O nitrato ó muito persistente e avança muito rápido pelo lençol freático.

O nitrato faz mal a saúde?

SIM. Ele pode causar duas doenças muito graves: a síndrome do bebê azul e o câncer gástrico.

Filtragem e fervura eliminam o nitrato?

NÃO. Nem isso é capaz de eliminar o nitrato.

Á única solução indicada é ingerir apenas água mineral.









Postado Por: Madson Gilcyê
Texto Produzido por: Nicole


O que é água potável?

         É a água que pode ser consumida sem riscos à saúde. Ela preenche todos os requisitos de natureza física, química e biológica, seguindo os padrões estabelecidos pela legislação nacional e internacional. Por isso, deve-se, de preferência, utilizar a água tratada.

Qual a diferença entre água contaminada e poluída?
  •      Água poluída – é a água que apresenta alterações físicas, como: cheiro, turbidez, cor ou sabor. Normalmente, a alteração física é conseqüência da contaminação química, geralmente devido à presença de substâncias, como: elementos estranhos ou tóxicos.
  •    Água contaminada – é a água que contém agentes patogênicos vivos, sejam bactérias, vermes, protozoários ou vírus. Essa água não é potável, logo não deve ser utilizada.
Fontes de Contaminação

            Como a água tratada pode ser contaminada? E nascentes e poços?
A água de abastecimento passa por um tratamento rigoroso e, somente depois, é distribuída para as residências, onde existem ligações domiciliares. Ali, a água é armazenada em caixas d’água. É nessa etapa que pode ocorrer a contaminação.

           Também as nascentes, minas e cisternas, que são fontes de suprimento de água, podem apresentar contaminação, seja por se localizarem na proximidade de fossas, onde há grande presença de matéria orgânica, ou pelo acesso de animais, água de chuvas ou outras fontes de contaminação e poluição.

Por que a água contaminada ou poluida é prejudicial à saúde?

          Porque a água contaminada ou poluida pode conter organismos patogênicos ou substâncias químicas capazes de causar doenças ao homem, sendo estas denominadas doenças de veiculação hídrica.
 
Exemplos de doenças:

- Cólera (tonteira, vômitos, dores de cabeça,...) – Transmitida Pela Ingestão da Água

- Diarréia (dores de barriga, vômitos,...) - Ingestão da Água

- febre tifóide.- febre paratifóide.- desinteria bacilar.- amebíase ou desinteria amebiana.- hepatite infecciosa.- poliomielite.- Entre outras...







Postado Por: Madson Gilcyê


A mais de 150 anos, o lençol freático de natal é contaminado pelo chorume, e é impressionante saber que o mais contamina o lençol freático é os cemitérios. A situação é grave. E foi até surpresa para o Ministério Público saber que nenhum cemitério público de Natal é impermeabilizado.

O cemitério do Alecrim, o mais antigo, tem 158 anos e foi projetado sem levar em consideração as normas ambientais, assim como os outros sete cemitérios em funcionamento na cidade. A resolução do Conselho Nacional do Meio ambiente (conama) diz que o fundo das jazigas deve está, pelo menos, a meio metro do nível máximo do lençol freático. E em entrevista, o secretário Municipal de Serviços urbanos Raniere Barbosa, confirmou que os cemitérios públicos de Natal não são impermeabilizados e que não haveria solução para resolver o problema.

Para muitos um bom exemplo vem dos cemitérios privados mantidos pelo grupo Vila. O cemitério morado da paz, em emaús. No fundo  das jazigas existe uma laje de concreto, onde não ocorre o contato dos restos da decomposição do solo.

CONTAMINAÇÃO

Segundo especialistas, o cadáver de um adulto pesando em média 70 quilos, produz certa de 30 litros de necrochorume em seu processo de decomposição. O necrochorume é um líquido composto por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas, entre as quais algumas bastante tóxicas. Esses micro-organismos podem proliferar e contaminar os lençóis freáticos (depósitos de água subterrâneas), além de rios e nascentes em seus arredores.



Texto produzido por: Taciana
Postado Por: Madson Gilcyê


Segundo a companhia de águas e esgotos de Natal (Caern); a estação de tratamento do baldo passará 90 dias sendo testada da seguinte forma: durante 30 dias ela irá trabalhar com água Pura; e os 60 dias restantes, a mesma funcionará com o esgoto de Natal.

A estação de tratamento do Baldo irá trabalhar com um tratamento terciário, utilizando uma desindecção ultravioleta. A estação não irá Privilegiar toda Natal. Porém, a obra custou 84 milhões de reais, sendo que 300 milhões é destinado só para os equipamentos.

Os bairros que irão receber o auxílio da estação, foram escolhidos pela gravidade de poluição. Os bairros escolhidos foram: Alecrim, Nova descoberta, Ribeira, Petrópolis, Tirol, Lagoa nova, Lagoa seca, Cidade alta, candelária, entre outros

Assim esperamos que a estação do baldo comece rapidamente a funcionar 100%, livrando as águas do Rio Potengi e melhorando a qualidade de nossa água

Produzido Por: Luan Gabriel




Postado por: Madson Gilcyê

Boa noite. =)

O que é nitrato?

O nitrato é um íon encontrado em águas naturais, geralmente ocorrendo em baixos teores nas águas superficiais, mas podendo atingir altas concentrações em águas profundas.

O nitrato é um composto de nitrogênio em estado de oxidação. A concentração desse composto pode ser representada através de duas fórmulas: N-NO3 ou NO3. 


O Ministério da Saúde utiliza N-NO3 e limita a sua concentração em 10mg/L (de N-NO3). Na fórmula NO3, o valor numérico correspondente ao padrão limite estabelecido pelo Ministério da Saúde é 45mg/L de NO3. 


Assim, se a água para o consumo humano apresentar valores acima de 10mg/L de N-NO3 ou 45mg/L de NO3, esta deixa de ser potável.


Entenda como se processa a contaminação pelo íon Nitrato (NO3) 




A camada que está abaixo das casas são as dunas, que são extremamente permeáveis (da ordem de 150 a 200 litros por metro quadrado por dia, em alguns casos até mais).

A chamada “Camada Impermeável I” deveria reter todos os líquidos que passam pelas dunas. Mas ela é constituída por uma mistura de argila, areia e cascalho. 


Quanto maior a quantidade de argila, mais ela é impermeável, ocorrendo em alguns locais o surgimento de lagoas. 


Quanto maior a quantidade de areia e cascalho, ela se torna mais permeável, além disso a formação geologia não é uma coisa uniforme como está na figura, ela varia desde a inexistência da camada, até uma espessura de cerca de 10 metros. Geologicamente é chamada de "equitarde".


A captação da água é realizada em uma camada mais arenosa, que fica confinada entre as duas camadas impermeáveis, na faixa de 80 a 130 metros de profundidade em média.


As setas servem para mostrar que as águas que chegam aos poços, após a captação, retornam até as residências.


Toda a filtração retém os contaminantes, exceto o nitrato, pois ele é solúvel, ou seja, vai aonde a água for.


Por essas misturas das águas das dunas e do Barreiras, alguns especialistas consideram que elas formam um aqüífero único chamado de "dunas/barreiras".


A imagem mostra que o caso de Natal é provavelmente único para as características geológicas e o tipo de contaminação. 


Para o nosso caso, lançar esgoto, mesmo que tratado, no solo é o mesmo que estar injetando contaminante no aqüífero Dunas.


A contaminação ocorre por dois motivos principais: apenas 33% da residências da cidade de Natal tem rede de coleta de esgoto, o restante é servida por sistema de fossas e sumidouros. 


O outro é que, em Natal, a camada de solo que está abaixo das moradias é predominantemente formada por dunas, que se constitui em material extremamente permeável (permite a infiltração de cerca de 150 a 200 litros água por metro quadrado por dia).


Saúde


O nitrato é um composto químico altamente resistente, que não desaparece com a fervura, nem com a filtragem da água, e que é prejudicial à saúde humana, uma vez que a sua ingestão é associada ao risco de doenças como a metemoglobinemia ou síndrome do bebê azul e ao câncer gástrico.


A potabilidade da água para consumo humano é uma exigência mundial. A Organização Mundial de Saúde, OMS, bem como a
United States Environmental Protection Agency (USEPA) e outras entidades ligadas ao monitoramento de proteção ambiental sempre demonstraram significativa preocupação com a qualidade da água.

Com base nos direcionamentos dessas instituições mundiais, foram estabelecidos padrões para que a água para consumo humano possa ser considerada potável. No Brasil, esses padrões encontram-se estabelecidos, atualmente, na Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.

A oferta de água em quantidade suficiente e qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido na legislação é uma forma de assegurar a prevenção de doenças, uma vez que muitas enfermidades estão vinculadas à água não potável. 




Postado Por: Madson Gilcyê

Olá gente, Bom dia!!

Venho aki através dessa animação em flash demostrar todo o funcionamento de uma ETA- Estação de tratamento de água.

É muito interessante e intuitivo, aproveitem!





Postado Por: Madson Gilcyê

Bom dia, Postarei aqui 2 vídeos.




"Já não há meio ambiente... Mas preservemos o terço de ambiente que nos resta. " (Veríssimo Andrade)

"Quando deixaremos de ter um  MEIO-ambiente e obtê-lo por INTEIRO?" (Juan Souza)

"Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro." (Provérbio Indígena)


Preciso dizer algo? Não.

Fim de papo.



Postado Por: Madson Gilcyê

Carcinicultura no RN
 
Criado em 1973 pelo então governador do Rio Grande do Norte Cortez Pereira, o Projeto camarão visava comprovar a viabilidade do cultivo de camarões e teve como objetivo  acabar com o desemprego das salinas incentivando os pequenos e médios produtores. As pesquisas tiveram início as margens do Rio Potengi, sendo então denominado "Núcleo Potengi".  

As espécies nativas Penaeus brasiliensis e Penaeus schmitti no início serviram como fonte de pesquisa. Espécies exóticas também foram estudadas, tendo destaque as espécies P. monodon, a P. japonicus, a P.vannamei e a P. stylirostris, nativas da Ásia, América Central e Oriente. No entanto, até o final da década de 80 a espécie ideal para a carcinicultura no estado ainda não estava definida. As pesquisas sobre a reprodução, produtividade, e a resistência  à doenças mostrou ser necessária a introdução de uma espécie  que apresenta-se bons resultados em todos esses fatores. Portanto no início de 1990 foi introduzida a espécie P. vannamei que apresentou um grande sucesso no Equador, com uma grande adaptabilidade as mais variadas condições de cultivo, sendo de fundamental importância para a viabilidade do processo produtivo..... 

Água: um século de descaso
 
A discussão sobre captação, efluentes, qualidade e contaminação da água em Natal não é recente. Segundo um relatório elaborado em 2000 pelo Conselho Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, o primeiro registro de discussão sobre esses assuntos data de 1904.

Nestes 99 anos, estudos, pesquisas e conferências têm apontado a necessidade de tratamento dos efluentes (esgoto), mostrando que há uma preocupação crescente com o aumento desordenado da cidade, a impermeabilização do solo, a construção de fontes de recarga, a preservação dos principais pontos de recarga natural e a conscientização da população a respeito do problema. Mas pouca coisa foi feita nesse sentido. “Até 1998, qualquer informação sobre a qualidade da água era considerada sigilosa pelo governo. Isso só começou a mudar em 1999, quando fizemos uma mesa-redonda e conseguimos ter acesso a alguns documentos. Mesmo assim, diante da gravidade da situação, a divulgação e conscientização ainda estão bem abaixo do necessário”, diz João de Deus, o presidente da Associação dos Geólogos do Rio Grande do Norte.

Tanto o geólogo como o professor Geraldo de Melo acreditam que melhorar a qualidade da água em curto e médio prazo já não é viável economicamente, mas medidas devem ser tomadas para que ela não piore ainda mais. “A menos que isso seja feito, dentro de pouquíssimo tempo teremos de retirar a água do subsolo, que já foi água mineral, e colocá-la em grandes depósitos para poder tratá-la”, diz João de Deus. 

Atualmente, o único processo usado para a eliminação do nitrato (que, se ingerido em grandes quantidades, pode provocar doenças como o câncer e a doença do sangue azul — fatal para crianças de 0 a 6 anos) utiliza dessalinizadores, constituindo um dos tratamentos mais caros do mundo. Nem mesmo os EUA conseguiram manter uma usina de dessalinização funcionando por muito tempo devido aos altos custos desse processo.

Na busca de soluções mais baratas, a Secretaria de Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte vem trabalhando, juntamente com a UFRN, na possibilidade de utilização de plantas com capacidade de absorção de nitrogênio. “Dessa forma, acreditamos que haverá recarga do lençol sem nitrato. A proposta é que comecemos a pesquisa pelas lagoas de estabilização. Mas isso é apenas um início. Vamos ter de esperar para saber quais serão os resultados dessa pesquisa”, diz o secretário Josemar de Azevedo.

Para ele, no entanto, as pesquisas devem vir acompanhadas de outras ações, como a finalização do sistema de coleta e tratamento de esgoto em toda a cidade, a criação de uma política e até de leis que viabilizem uma recarga melhor do aqüífero, o cadastramento dos poços existentes, a proibição da construção de novos poços e, principalmente, a criação de uma equipe de fiscalização para a utilização dos recursos hídricos (atualmente, a Secretaria conta apenas com dois fiscais para todo o estado) e a conscientização da população sobre o problema. “Hoje, ainda existe falta de sensibilidade das autoridades em relação à questão. É preciso lutar para que a cidade consiga um sistema de coleta e tratamento de esgoto. Temos tantos problemas que as coisas menos vistas são deixadas de lado. O povo precisa fazer pressão, porque o governo só trabalha nessas condições”, diz Azevedo.

O ideal seria que a conscientização de que a água de Natal está longe de ser aquela água pura que a maioria da população acredita que ela seja começasse a acontecer o mais rápido possível. Sem verbas (dotação orçamentária) para este ano, a principal ação da Secretaria se restringiu à criação do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte, que, na prática, deverá apresentar resultados apenas a partir de 2004. A falta de estrutura é tanta que “nem mesmo a Secretaria possui funcionários; a maioria vem de outras secretarias. Neste ano, o Instituto deverá apenas conhecer melhor a situação, para, em 2004, quando já possuir um orçamento, começar a atuar, de preferência em um trabalho integrado com a Agência Reguladora de Tratamento, a CAERN e a Secretaria Estadual”, completa o secretário.

Muito mais do que evitar gastos com os futuros tratamentos de água, evitar o desperdício e a contaminação significa também ganhos significativos em outras áreas da administração pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, para cada US$ 1.00 gasto em saneamento básico, US$ 4.50 que seriam empregados em despesas médicas são poupados.



=)
Postado Por: Madson Gilcyê

Filtro de água
Imagine um filtro de água. Agora, pense no que aconteceria se, aos poucos, o dono do filtro fosse cobrindo partes da vela com material impermeável, de forma que ela fosse perdendo a capacidade de filtragem. E como ficaria a qualidade da água se o dono do filtro decidisse fazer alguns buracos na parte inferior deste para jogar ali um pouco de urina e fezes todos os dias?

É exatamente isso que vem acontecendo em Natal e diversas cidades do Nordeste que foram construídas em regiões de dunas e têm a sorte de possuir imensos lençóis freáticos.

A estimativa, segundo pesquisadores da UFRN, é de que, a cada ano, apenas a capital do Rio Grande do Norte jogue cerca de 42 milhões de metros cúbicos de esgoto nesse imenso filtro natural, denominado Sistema Aqüífero Dunas/Barreiras. 

Mas, de acordo com o presidente da Associação de Geólogos do Rio Grande do Norte, esse número pode ser bem maior. “Não se tem controle sobre o número de fossas e poços clandestinos existentes na cidade. Sendo assim, não se sabe ao certo a quantidade de água que vem sendo extraída do aqüífero nem a quantidade de esgoto jogado. Trabalha-se muito com estimativas”, explica o geólogo.

Para João de Deus, a menos que medidas sejam adotadas com urgência e levando-se em consideração os índices de contaminação da água, “dentro de 10 a 15 anos, a cidade viverá um colapso de abastecimento. Nós estamos matando a nossa galinha de ovos de ouro”, conclui. 

No entanto, para muitas pessoas, inclusive geólogos e autoridades, entre elas o secretário de Recursos Hídricos do estado, Josemar de Azevedo, 63, a contaminação do lençol freático só acontece quando as fossas são mal construídas, tanto que existem pontos de captação de água localizados ao lado de grandes fossas.

Entretanto, para o professor Geraldo Melo, esse é um discurso mais político do que técnico e que acaba perpetuando a falta de preocupação e de investimento no tratamento dos efluentes e na preservação da água. “As pessoas que defendem essa tese não possuem o conhecimento necessário sobre o assunto. Os estudos mostram que o Sistema Aqüífero Dunas/Barreiras é um sistema único. A contaminação não se deve a fossas mal construídas, mas à fragilidade do sistema (Dunas/Barreiras) e à persistência em jogar o esgoto no subsolo. É por isso que mesmo as áreas onde já existe rede de esgoto (15% da cidade) continuam contaminadas”, esclarece Melo. 

Para o professor, essa visão distorcida acaba fazendo com que o pouco investimento feito no setor de preservação muitas vezes seja ineficaz, podendo até mesmo ser mais prejudicial do que benéfico. “As lagoas de estabilização, que deveriam ajudar, estão, na realidade, poluindo ainda mais. É preciso fazer um estudo de impacto antes de realizar obras desse porte. Não basta verificar se a região é pouco habitada”, diz Melo. Segundo o professor, para minimizar os riscos de contaminação em pontos de captação de água, é necessário levar em consideração o movimento das águas no subsolo: “Sistemas como esse deveriam estar mais próximos das áreas de escoamento e não de captação”. 

Apenas para o leitor entender melhor, mantidas as devidas características e proporções, se fôssemos pensar no sistema aqüífero como se ele fosse um rio, o que está sendo feito seria mais ou menos como jogar a água poluída da cidade a alguns metros acima do ponto de captação da água para tratamento e abastecimento.
Mas o secretário de Recursos Hídricos do estado não concorda com Geraldo Melo. “Isso é uma tese dele, que não tem qualquer base científica. Não há nenhuma comprovação de que as lagoas de estabilização estejam poluindo o lençol freático”, diz Josemar de Azevedo.

Independentemente da discussão entre governo, geólogos e pesquisadores, o custo de todo esse descaso promete ser elevado. Atualmente, para se conseguir água potável que não contenha nitrato, empresas especializadas em perfuração são obrigadas a cavar mais de 150 metros de profundidade. “Há vinte anos, quando fundei minha empresa, com 60 metros já se obtinha água mineral com um padrão de qualidade invejável em todo o mundo. Hoje, em boa parte da cidade, para se conseguir água que não esteja contaminada, é preciso perfurar o solo por 150 metros. Ou seja, já estou perfurando o cascalho”, diz o empresário Marcos Antonio da Silva, 50.

Segundo ele, uma vez que o lençol freático está poluído, essa é a única forma de se conseguir água de boa qualidade nas áreas de maior contaminação. Apesar de a água ainda não estar poluída a 150 metros de profundidade, o sistema de perfuração do cascalho apresenta algumas desvantagens. A primeira é o preço. Um poço de 150 metros de profundidade custa mais do que o dobro de um de 100 metros. A segunda é a vazão. “No cascalho, conseguimos bombear muito menos água. Esse tipo de poço pode ser usado por particulares, hotéis ou pousadas, mas, devido à baixa vazão, ele não poderia ser usado, por exemplo, para o abastecimento da cidade, que requer muito mais água”, explica o empresário. De acordo com Marcos, como em Natal não há tratamento de água, para conseguir manter os índices da água dentro de padrões aceitáveis, a CAERN está simplesmente misturando água de poços que ainda não estejam muito contaminados com a de poços com altíssimo teor de nitrato.



=) 
 
 
Postado Por: Madson Gilcyê

Água.


Quando chegamos a Natal, nossa expectativa era de que iríamos fazer matérias que destacassem as qualidades da água da cidade. Afinal, sempre ouvimos falar que, aqui, a qualidade beira a de água mineral. Mas bastaram alguns minutos de pesquisas e entrevistas para notar que isso é quase uma lenda. E o pior: ninguém avisou os moradores de que os índices de poluição da água já podem ser classificados como preocupantes. 

"Quem vê cara, não vê coração"
  Sem dúvida, Natal, com suas praias de areias brancas, lagoas, dunas, sol forte e ventos refrescantes, está entre os pontos mais lindos e aconchegantes do litoral brasileiro.

O que os milhares de turistas que visitam a cidade todos os anos e até mesmo os moradores não sabem é que, devido ao descaso das autoridades locais ao longo da história, um tesouro ainda mais rico vem sendo, literalmente, transformado em esgoto.

Há vinte anos, quando um turista ou morador abria a torneira da casa, do hotel ou da pousada, podia escovar os dentes ou tomar banho com uma água com qualidade de água mineral. Hoje, a situação é bem diferente. 

Desde o início do século passado, todo o esgoto produzido na cidade é lançado no lençol freático, o mesmo local de onde são retirados 70% da água para seu abastecimento. 

Se, no começo, a contaminação era lenta diante da capacidade de recuperação natural, com o crescimento e o desenvolvimento da capital do Rio Grande do Norte, isso deixou de ser uma realidade. “O crescimento desordenado, além de aumentar a quantidade de esgoto jogada no lençol freático, provoca a impermeabilização do solo e, assim, boa parte da água da chuva que serviria para reabastecê-lo está escoando para o mar”, diz João de Deus, presidente da Associação de Geólogos do Rio Grande do Norte.

A conseqüência direta desse comportamento, que faz com que o lençol freático receba mais esgoto e menos água a cada ano, pode ser percebida nos diversos estudos realizados pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por ONGs e até mesmo pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN). “Hoje, o Sistema Aqüífero Dunas/Barreiras (lençol freático) está quase totalmente poluído. Em alguns pontos de captação, a quantidade de nitrato (um subproduto da contaminação por coliformes fecais) é de 100 ppm (partes por milhão). Ou seja, está bem acima dos 45 ppm considerados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde”, diz o professor universitário José Geraldo de Melo, especialista em Hidrogeologia Urbana.

No campus universitário, que fica um pouco afastado do centro, onde teoricamente a água deveria estar menos poluída, todos os cinco postos de abastecimento já estão contaminados — impróprios para o consumo humano. “A água desses poços deverá ser usada apenas para lavar calçadas e coisas desse tipo. Para o consumo diário, tivemos de contratar uma empresa especializada, que consegue furar o calcário que fica abaixo do Sistema Aqüífero Dunas/Barreiras. Originalmente, essa água é mais ácida, e a vazão é bem menor, mas, como ela ainda não está contaminada, é a melhor saída”, diz o professor.

Apesar de estudar o assunto desde 1985 e vir denunciando a contaminação do sistema aqüífero (lençol freático) da cidade, o professor afirma que suas palestras e denúncias nunca encontraram ressonância junto à comunidade e autoridades locais. “O estudo que fizemos em 1995 sobre a contaminação do aqüífero foi premiado em um congresso na Alemanha que reuniu mais de 400 projetos de diferentes partes do mundo. Em São Paulo, Minas, Bahia e outras regiões, as pessoas se mostram muito mais interessadas no assunto do que as pessoas daqui, que aparentemente não estão nem um pouco preocupadas com o problema”

=)



Postado Por: Madson Gilcyê

Chorume

Chorume do lixo: um líquido de odor forte e alto potêncial de contaminação


O chorume é uma substância líquida resultante do processo de putrefação (apodrecimento) de matérias orgânicas. Ele é encontrado em lixões e aterros sanitários e possui um odor muito forte e desagradável de coisa podre.

Ultimamente esse líquido está contaminando o lençol freático que consequentemente é uma preocupação dos ecologistas em relação a sua proteção. Por incorporar todo o líquido que vem da superfície e ainda os elementos hidrossolúveis, diversas práticas humanas oferecem riscos de contaminação desde importante recurso hídrico, chegando a contaminar os alimentos (Frutas, verduras, legumes etc.).

O desmatamento também é outra importante agressão ao lençol freático: quanto maior é a cobertura vegetal, mais tempo a água permanece no solo, diminuindo a evaporação e aumentando a quantidade daquela que irá infiltrar e atingir o lençol freático, além de outros fatores favoráveis, como a diminuição de erosão.

O lençol freático está sendo contaminado em diversas partes do mundo. O chorume deve ser tratado e recirculado (reinserido ao aterro) causando assim menos poluição ao meio ambiente, e isso não é o que está acontecendo. -FIM-

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Isso não é o que está acontecendo mesmo. Cada dia que passa está se tornando um problema maior. E quem se prejudica nisso? Todos nós. =) Com água contaminada.

Que eu saiba o chorume tem tratamento, e pode ser transformado até em adubo orgânico. Mas porque isso não acontece????????

Tem que ver isso ai. 





Postado Por: Madson Gilcyê
Texto produzido por: Taciana 

ETE do Baldo - Natal/RN: Entenda como funciona.

A Estação de Tratamento de Esgoto do Sistema Central de Natal constitui-se num investimento de aproximadamente 83 milhões de reais financiado pelo governo federal e estadual. Localizada no Baldo, possui capacidade de tratar uma média de 450 litros por segundo. Com essa obra em associação a outras, Natal passará de 30% para 60% da cidade com cobertura de coleta e tratamento de esgotos. Ela está projetada para tratar o esgoto vindo de Alecrim, Areia Preta, Barro Vermelho, parte do bairro Nordeste, Candelária, Cidade Alta, Cidade da Esperança,  parte de Dix-Sept Rosado, Lagoa Nova, Lagoa Seca, Mãe Luiza, Morro Branco, Nazaré, Nova Descoberta, Petrópolis, Praia do Meio, parte das Quintas, Ribeira, Rocas, Santo Reis e Tirol....

Bom dia gente!!!

Depois de muiiiiiiiiiiiiiiito tempo sem postar aqui, estou postando hoje.

Mas postando o que?

Uma pequena animação em flash que fala detalhadamente sobre o ciclo da água, bem legal!

Vejam do início ao fim, recomendo.



Postado por: Madson Gilcyê

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